Eram parte de minh’alma…
Essas palavras que queimas,
De vil raiva possuída…
Essas rimas, a teus olhos, inúteis,
Essas páginas, rasgadas em vinganças,
Faziam parte de mim…
Recordações delicadas,
Memórias de tempos idos,
Tinham nome e sorrisos,
Harmonias e ternura…
Em proscritas se tornaram,
Em tuas mãos feneceram…
Ouves chorar, no silêncio…?
São as palavras que morrem,
Sem mais razão de existir…
Sem desejos, sem beleza…
Com revolta, com tristeza…
É uma alma que destróis,
Uma fogueira que apagas…
Um espírito que matas,
Uma pétala que murcha…
Porque destróis tais palavras…?